quarta-feira, 14 de outubro de 2009

É preciso saber viver

Em seu terceiro folhetim de Manuel Carlos, Christine Fernandes vive Ariane, médica que cuida de pacientes em estado terminal

Christine Fernandes fez um intenso laboratório com os profissionais do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para interpretar a médica Ariane em "Viver a vida". Passou longas tardes no Hospital do Câncer, conferindo in loco como é a rotina dos pacientes em estado terminal.

Muita tristeza? Nada disso. Ela saiu de lá revigorada, amiga das médicas e com um bocado de ensinamentos para a sua vida. Não à toa, é através de sua personagem que Manoel Carlos vai mostrar a chamada medicina paliativa.

"Até então, não conhecia esse tema. Sabia apenas sobre histórias de parentes de amigos que descobriam um câncer e era aquele drama: a pessoa é operada, não resiste e morre. Aprendi que existe um momento de parar com os tratamentos, quando não existe possibilidade de cura. É um período importante, onde as pessoas conseguem fechar os seus processos, resolver pendências com as suas famílias, entender e aceitar a morte", acredita Christine.

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Lição de vida. Entre todos os personagens da nova trama de Manoel Carlos,
Christine Fernandes ficou com um dos mais complexos


Na novela

No folhetim, Ariane é uma médica em início de carreira que faz o seu primeiro diagnóstico de câncer. Ela vai operar Marta (Gisele Reiman) com sucesso e a paciente começará a quimioterapia. Tudo vai bem até que Ariane acaba se envolvendo com Leo (Leonardo Machado), justamente o marido de Marta. Parece que Lívia (Isabel Mello), a filha do casal, não vai gostar nadinha da história. Polêmica à vista: "Existe uma crise ética com o envolvimento da médica com o marido da paciente. Pode ser considerado antiético, mas como você controla os alcances do seu coração?".

CHRISTINE FERNANDES está na terceira novela
de Manoel Carlos e é elogiada pelo novelista


Relação com a morte

Durante a entrevista, na casa de Christine, as duas cadelas da família - Mia e Riza - logo viram o centro das atenções. Riza, de 12 anos, está velhinha. Christine já tinha decido sacrificar o animal, mas mudou de ideia após viver as novas experiências no hospital.

"A cova dela estava feita para o domingo passado, mas resolvi botar no papel os prós e os contras. Amo as minhas cachorras e resolvi dar uma chance para ela. Meu dever agora é cuidar dela enquanto a felicidade for maior do que o sofrimento".

Agora, Christine Fernandes está encarando a morte com outros olhos. "O processo é sempre tratado como um tabu, como um dia talvez o sexo já foi. Estou trazendo novos olhares para a minha própria vida. Os médicos que trabalham com esses pacientes terminais não fazem planos a longo prazo. Não existe um dia, é o agora. É uma sabedoria".

O viver a vida de Christine está focado nos simples momentos do dia a dia, principalmente nos acompanhados de Pedro, de 7 anos, seu filho com o ator Floriano Peixoto. Ao lado do menino, não se intimida nem em fazer embaixadinhas. "Quando eu jogava vôlei, dos meus 9 aos 20 anos, aquecia fazendo embaixadinha", recorda.


Beleza e talento

Christine não é do tipo "rata de academia". Ela mantém a forma nas aulas de boxe tailandês. E ainda ostenta cicatrizes no joelho, herança dos tempos de boleira. Entre os esportes e as novelas, importantes capítulos da vida da atriz nascida em Chicago foram dedicados à carreira de modelo. Como o seu 1,71m não estava à altura do time de voleibol, resolveu se inscrever em um curso de modelo, ministrado pela atriz Silvia Pfeiffer.

"Meu primeiro trabalho como modelo foi em 1987, um desfile da Company! Até então, não tinha nem um batom", recorda, aos risos. Do desfile, Christine decolou para as passarelas de Tóquio.

"Mas eu queria algo mais ativo. Sempre quis ser cantora, tipo a Madonna, ou ter uma banda de rock", conta. Sua estreia nas novelas, em 1995, foi como a Marininha de "História de amor", novela de Manoel Carlos. "Viver a vida" é o seu terceiro folhetim de Maneco - em 2006 teve "Páginas da vida".

"Christine nasceu uma revelação de talento. Em ´História de amor´, apesar de aparição pequena, chamou atenção por ser muito expressiva e terrivelmente linda, o que é até hoje. Evoluiu muito, estudou, viu muito teatro, enfim: é atriz com acabamento, com ferramentas precisas. Como Ariane, está irretocável", elogia Maneco.


Fonte: Diário do Nordeste

2 comentários:

Unknown disse...

Gostaria de receber o modelo do vestido amarelo que atriz usou na festa de 100 anos da vila.

Anônimo disse...

amo ela linda simpatica talentosa ela e milllll