Christine Fernandes fala sobre suas semelhanças com a Ariane de "Viver a Vida"
Ariane e Christine são nomes que têm muito em comum. Ambos são variações latinas de substantivos de origem grega, além de terem relação com o divino: o primeiro significa "ungida pelo Senhor", enquanto o segundo batiza "a mais sagrada". Coincidências que se somam às características que aproximam Christine Fernandes e Ariane, médica à qual a atriz interpreta em "Viver a Vida".
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Cirurgiã especializada em casos de câncer, Ariane representa uma área ainda pouco conhecida da medicina: a de Cuidados Paliativos, ou Paliativismo. Originário dos hospices - palavra que define as casa onde são atendidos pacientes fora dos recursos de cura - coordenados por ordens religiosas na Europa há vários séculos, o trabalho consiste em diminuir o sofrimento de pacientes com doenças incuráveis. "Fiquei muito encantada com o que vi. Porque o médico tem como ambição salvar vidas e, para quem não conhece, o paliativismo parece ser uma barra muito pesada", reconhece Christine, que se preparou para o trabalho frequentando o HC IV, unidade do Instituto Nacional do Câncer que faz atendimento paliativo no Rio de Janeiro. "Mas, a medida que fui conhecendo o trabalho, vi que era o oposto disso: as pessoas que atuam nessa área são leves e têm um astral maravilhoso. Quando você sabe que está fazendo o bem para o outro, de alguma forma isso reflete em você", defende.

A prudência ao tratar do futuro não é à toa. "Viver a Vida" marca a terceira dobradinha entre a atriz e Manoel Carlos. A primeira foi "História de Amor" - estreia de Christine no veículo. Em 2006, ela voltou a interpretar um personagem do autor como a moderna Simone de "Páginas da Vida". E, enquanto ainda estava fazendo "A Favorita", de João Emanuel Carneiro, soube que estava reservada para o atual trabalho.
"O que gosto no Manoel Carlos é que ele sempre me traz estofo artístico. Quando ele me dá um personagem, sempre me envia um poema, ou um livro. Eu vou me enriquecendo como artista", enfatiza. O tom carinhoso não muda nem mesmo diante da "quedinha" do autor por entregar capítulos com pouquíssima antecedência, algo que costuma embaralhar a agenda pessoal dos atores. "Não tenho crise com isso porque decoro fácil. A maior dificuldade é não dar conta de coisas básicas do meu dia a dia, como levar meu filho ao médico. Mas, ao mesmo tempo, temos um texto legal, uma trama que é emocionante. É uma concessão que se faz", relativiza.
Fonte: Uol Televisão (por Louise Araujo - PopTevê)